Oi turma saudável, hoje o assunto são cordas! Para raquete óbvio rss… de tênis rssssss. Vamos simplificar para não complicar. Sou um dentista e não um profissional da área então posso falar alguma quase verdade rs. Não vou falar de corda ruim porque não quero, só de corda boa, não se preocupem! A partir de 40 Dilmas (rsss), já instalado, dá para comprar uma corda ótima, beleza? Vamos primeiro classificá-las:

  1. Co-polímeros: são cordas duras, sintéticas, normalmente de um filamento só. São a evolução do poliéster. Na prática copolímero é plástico. Perdem mais tensão se comparadas com as cordas de que vou falar posteriormente. Dão muito mais spin. Se forem finas são mais confortáveis e dão mais spin ainda, mas no geral não são cordas confortáveis. Você pode usar com baixa tensão sem ter medo de perder controle. A partir de 45 libras. Talvez menos. A baixa tensão é um paradigma que caiu faz tempo principalmente quando se usa poli. Cuidado, pois poli em alta tensão machuca. Eu que já testei tudo já machuquei punho, cotovelo e ombro.  Eu pessoalmente uso 40 libras. Já usei 30 sem perder controle. O problema é que poli perde tensão mais rápido e abaixo de 30 libras a perda de controle é considerável, ou seja, só dura uns três jogos nessa tensão. Se eu fosse profissional rsss e trocasse toda hora de corda usaria 30 sempre rsss. Mas custa caro usar essa tensão para amadores. Se for usar tensão baixa opte pelas cordas mais firmes como a Yonex Poly tour Spin (a corda azul) pois dura mais.  Mantém mais a tensão e o controle, mas escolha é pessoal. Testem para achar o setup ideal.  Essa corda citada é top e custa uns quarenta  e poucos reais colocada. Para finalizar, peguem um pedacinho dessa corda e manipulem, parece um arame. É duro para cacilda! E então, vai usar tensão alta com ela ainda?
  2. Multifilamentos: Essa corda é chamada de medicinal por muitos. Porque é macia, confortável, não causa prejuízos aos nossos bracinhos. Use com 50 e pouquinhas libras (tem quem use menos de 50). Os que tem muita técnica para gerar spin vão estourar rapidamente esta corda. São feitas de vários filamentos fininhos. Conseguem manter por muito mais tempo a tensão. Quanto mais filamentos, mais cara e mais confortável, gera mais potência e dá mais sensibilidade a quem está jogando. Quem gosta de spin extremo não gosta deste tipo de corda. Quem procura essa corda é quem está buscando mais potência, tem problemas de dores nas articulações ou está se desenvolvendo no jogo. As tops de linha se aproximam muito da qualidade de sensibilidade da tripa natural. Quer pagar pouco e ter qualidade? Compre o best seller Wilson Sensation por quarenta e poucos reais colocada. As mais caras chegam perto dos cem reais. Experimente pegar um pedacinho da corda, manipule e sentirá que é bem macia.
  3. Tripa natural: Esta corda é contra indicada aos defensores dos animais. É feita da tripa de animais, ou seja, utiliza material biológico.  É o que há de melhor em termos de potência e sensibilidade. O pessoal que bate muito forte e aprecia controle e spin não curte tanto assim. Aqui no Brasil é muito cara, um set custa mais de 250 pila. Já usei várias vezes e é uma delícia para domar raquetes de controle. Como não sou fábrica de spin vale a pena. Não estouro corda e meu investimento não vai por água abaixo. A manutenção de tensão é perfeita. Use umas 55 libras sem medo. O fato de ter manutenção de tensão e sensibilidade que são fatores que colaboram muito para um ótimo controle gerado por esta corda. Fora que é impossível se machucar com ela! Para curar lesões ou continuar jogando meio baleado é o que há! Não combina muito com raquetes de potência. Potência + potência = descontrole… ou não rssss.
  4. Híbrida – Hoje em dia, em suma, o que os profissionais fazem é de duas uma: ou usam copolímero na raquete inteira ou usam uma mistura de tripa natural com copolímero (encordoamento híbrido) da seguinte forma: temos dois sentidos de cordas na raquete. As cordas no mesmo sentido do cabo são as mains (principais cordas da raquete). As do outro sentido são as crosses. Assim como o Guga foi o precursor no uso de copolímeros com a Luxilon, Federer inaugurou a era híbrida usando dois tipos de corda na raquete. Os profissionais optam por usar tripa natural nas mains ou crosses, assim como os copolímeros no outro sentido dependendo do que querem. A característica que fica mais ressaltada é a da corda que está nas mains. Como essas cordas deslizam mais entre si geram como se fosse um efeito estilingue formando uma geração maior de spin que também é um fator gerador de controle. Não se esqueçam que não há milagre, só otimização da geração de spin. Nós amadores acabamos usando um multifilamento no lugar da tripa para baratear o conjunto. Haja dinheiro para manter nosso hobby que não é profissão rssssss.

Existem alguns outros gêneros e subgêneros que, na minha opinião, não vale a pena serem descritos. Eu não quero parecer esnobe, mas não recomendo material de segunda linha, então não vou nem descrever o restante. Sem contar que o objetivo é simplificar e não tumultuar o tico e teco que habita vossas cabeças.

Se possível opte por cordas mais finas. Isso dá mais conforto e spin. Você perde controle, mas essa perda na minha opinião é desprezível principalmente no âmbito amador. Faça experiências. Cada um tem um feeling.

Espero ter esclarecido algo e contribuído especialmente com as meninas. A grande maioria não liga para cordas de raquete.

José Eduardo é dentista (ouviu Dipold? rrrsss). Não é tenista.

P. S.: Esse é o depoimento de um amador e não de um profissional. Bjundas.

A LAT recomenda a Ponto de Contato, localizada na Alameda Amazonas, 938 (em frente ao ATC) como loja para adquirir estes e outros produtos de tênis.

× WhatsApp